segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Uma visita em sua casa

Hoje eu fui visitar sua casa com um amigo nosso. Lá no alto de sua casa nós discutimos de tudo desde a sua mãe com complexo de Édipo a seu pai na ânsia de comer sua filha não a nossa.
Hoje acordei ansiosa para fazer uma coisa inédita como tantas outras que você me proporcionou.
Fui ao cemitério visitar o seu túmulo como em um sétimo sentido entramos eu e nosso amigo dentro daquelas casas cheias de data de nascimento e falecimento. Olho para o lado e buracos pequenos, será que enterrará crianças pequenas aqui? Não sei, não sabemos! Enterra-se criança separada? O que importa é ir naquele lugar que eu não gosto e que fizeste lembrar que sou ocidental e não aceito bem a morte quando leva meu ente querido. Quando leva meu único e primeiro grande amor, mesmo cheios de defeitos, erros e acertos. Comento para nosso amigo que os budistas comeram até cinqüenta anos de morte da pessoa, e ele faz uma pequena observação: entre cinqüenta anos muitas outras mortes sugiram e foram.
Foi interessante ver o nosso amigo que não via há dois anos provavelmente, com exceção do seu deslumbrante enterro. Onde ele na sua altura desabou sobre mim que estava lá em baixo motivando-me a levantar para consolar e lembrar que você sempre dizia que era um deus onipresente onipotente não me lembro da terceira coisa, mas os deuses nunca morrem sim os mortais. Também  discutimos que os grandes poetas sempre largou a materialidade cedo e viveu intensamente sua vida e deixou mulheres apaixonadas e uns filhos. Você fez o mesmo, só que ousou mais, juntou no mesmo ambientes trezentas viúvas, viúvos, padre, pastor, lésbicas, homossexuais, heterossexuais, bissexuais, gigante, anão, pai, mãe, irmãos, irmãs, inimigos, amigos, admirador, direita esquerda...

A conversa foi boa quase esqueci que estava ali em um lugar que não admiro e passo a freqüentar, pois, o resto de sua materialidade se encontra lá.
Então vou parando por aqui porque, não quero escrever sobre isso, pois me faz lembrar o dia do seu sepultamento. Eu não agüento, não quero ver ou se quer lembrar. Porém venha me visitar quando puder sinto muita saudade...




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