Olá leitores/as da internet também... mas meu público fiel ... está lendo os meus desalinhos no papel com tinta borrada.
Estou aqui acordada pensando, analisando como vou fazer para organizar meus dias na casa da mamãe. Nada como doce lar, que já não é tão doce assim. Estou lembrando aqui do Banheiro , meu espaço predileto que anos atrás eu dialogava com vocês, confessava meus pecados, de descobrir o amor e negar. Ele o Banheiro continua aqui no seu lugar com mesma estrutura e tamanho. Quem mudou foi eu. Já não sou mais uma adolescente. Estou no grau da maturidade quase chegando a tal idade balzaquiana. Eu pensei que estaria pior mais os anos passaram-se eu sem modestia estou semelhante ao vinho, quanto mais velho melhor. Leitores/as não sei que posso falar aqui, que ainda "odeio escrever" , tão logo digo estou em processo de melhorar minha escrita. Mas cheguei a conclusão que tenho dificuldade em escrever na norma culta da língua portuguesa. Minhas idéias estão a mil. Definitivamente eu penso ... mas sempre algumas pessoas falam : Você não existe. Mas caro leitores na minha idade não tenho que ficar por aí dando resposta para todos. Continuo irônica e sarcástica, mas ganhei uma ternura. Acho que a maternidade colaborou. Vamos fazer a revolução sem perder a ternura disse Che. Hoje estou mais segura de mim, ando com meu cabelo do jeito que eu quero naquela época também andava , porém havia uma insegurança... que nem eu sabia que existia. Sou negra, mãe,militante, poetisa talvez, ousadia dizer isso leitores, não sei escrever como posso ser poetisa?Ainda continuo tentando vencer a dislexia. Outra coisa Camaradas sai das exatas fui para humanas. Mas a matemática continua na minha vida, de outras formas. Chamam de fria e calculista sabe como é? Eu nego até a morte. Mas leitores não sei porque decidi ficar aqui escrevendo coisa sobre mim o objetivo não é este. Eu quero é conversar com vocês com assuntos do cotidiano . Tipo assim: Onde você naturalizou seu racismo? Estamos na semana da Conciência Negra. Na minha opinião essa consciência deveria ser o ano todo, constantemente, a luta de combate ao racismo. Eu estou cansada de vê os Leitores/as reproduzindo a lógica deste sistema, cujo a ideologia é racista, classista, machista... etc pois tem muita coisa. Assistimos parados o Estado colocar a responsabilidade dele sobre nós cidadãos/as e acreditamos que a solidariedade resolve o problema classista. Que nossa boa ação é milagre, "se cada um fazer sua parte", vai resolver a grande cerne da questão que é esse modo de produção capitalista nos marco do neoliberalismo.Superar essa ordem. Leitores/as!Desculpa Leitores/as, mas estou mais chata do que nunca... Veio na memória o livro de Fanon :Peles negras e Mascaras brancas. Esse livro é muito foda. Eu recomendo a vocês... Eu perdi nos meus pensamentos tenho que organizar minhas idéias. Lindaura é um bom livro infantil que fala de uma linda menina negra que fala pelos cotovelos e que para organizar sua fala em tem que pensar... muito bom, pensar é bom Lindaura descobriu... então eu leio e conta essa história para minha herdeira... mas ela serve para mim ...também recomendo... perdi a vontade de escrever... até a próxima noite...
Lilian Luiz Barbosa
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Quem foi que roubou meu sorriso?
Tiraram meu
sorriso.
Perdi um
dente, logo na frente.
Meu sorriso
é largo, meu sorriso foi tampado.
Hoje não
consigo mais rir espontaneamente.
Afanaram como
um pássaro que de solto ficou atrás da gaiola
com seu canto triste.
Tristemente
perdi meu namorado
Perdi meu
poeta, cronista, contista, romancista e ficcionista.
Como posso
rir, pois, minha tia faleceu, eu fiquei sabendo depois de uma semana.
Esconderam
de minha pessoa, pois, estava viajando
resolveram me poupar.
De quê?
Hoje só na
minha intimidade com minha herdeira ela consegue tirar meu riso espontâneo.
Ela fala a
senhora é divertida.
Diga de
plantão a senhora é uma palhaçinha eu
faço cara de triste ela dar uma gargalhada gostosa e diz não você é divertida
ri mamãe da aquela gargalhada gostosa que só a senhora tem.
Uma amiga do
movimento negro fala para mim do filme: Cor de Púrpura, pois coloco a mão na
boca enquanto vou rir.
Mas ela não
entende eu perdi foi meu dente logo, meu sorriso foi-se contigo.
Eu não
consigo mais rir.
Ri riri
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