Ela escuta alguém lhe chamando, mas, continua na sua cama.
Ela ainda estava dormindo logo aquela voz era do sonho.
Mas ela continuava dormindo a revolução poderia acontecer a qualquer momento.
Pois deveríamos está preparados para tomar da classe dominante o que é nosso.
Mas ela continuava dormindo achando que a voz era um sonho.
Quando ela desperta, de um sono quase profundo, ela acorda e ver seus mas velhos mortos.
Atirados pelo chão com balas sobre a cabeça.
Ela entra em desespero, pois eles pediam socorro em sua voz.
Ela não pode fazer nada. O sono a salvou da morte, mas custou a vida de seus camaradas .
Que lhe ensinaram a crescer, criar, inventar, segurar em armas ,ler , lutar e vencer.
Ela enxugou as lagrimas, levantou-se, empunhou a arma e falou: Camaradas sempre em vigilância, pois não se sabe a hora que vai acontecer.
Quem perdeu seus entes queridos? Eles os inimigos não avisam quando irão chegar para nos desarmar.
A voz chamava por socorro, lá fora do quarto,
Fora da casa a revolução ganhava cor, era Vermelha.
Todos tinham armas e a classe trabalhadora era a própria arma.
Lilian Luiz Barbosa
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Estava acordada ainda pela madrugada
Estava acordada ainda pela madrugada,
Aqui neste quarto a essa hora é triste.
Cinco horas da manhã tenho que me levantar.
Caso contrário a patroa vai me matar.
Nunca antes soubera como sair dali.
Embriagada de sono, porém, as dores corpo permanecia,Não são do cansaço, de trabalhar o dia inteiro,
Sim as dores da agressão.
Cujo o nome era:“Já tive mulheres “
Pois não gostava dessa música, pois seu patrão,
Toda vez que a violentava, cantava essa música e tirava o roupão.
Ia ao seu pequeno quarto e pedia para ela ajoelhar no chão.
Que humilhação, eu não quero viver neste mundo de cão.
Ele falava: tenho a mulher que eu quero, morena, loura,
mulata, negra, índia, amarela parda.
Mas você e a que eu mais amei, porém,
Ela negra, pernas longas e grossas, seios fartos, quadril largos
Não entendia o porquê .
Ela negra, pernas longas e grossas, seios fartos, quadril largos
Não entendia o porquê .
Ele tinha uma esposa branca que estava dormindo.
A patroa em seu leito dormia como anjos que caiu do Céu.
Pois amanhã é outro dia, ela precisa descansar,
Para supervisionar a empregada que anda meio preguiçosa.
Desaforos para lá e pra cá do dia inteiro.
O casal tinha filhos adultos,
Que não moravam naquela casa.
O casal tinha filhos adultos,
Que não moravam naquela casa.
Usando uniforme, pois, ninguém merece, dizia:
Empregada é gente.
Ela quase da família, era extensão da família.
Espancada, em silencio todo dia ela ficava ali,
Direto, em um constante trabalho, de sobreviver,
Caso contrário ela ia morrer.
Afinal de contas quem sabia que ela a empregada?
Como voltava para casa?
Pois ela não tinha casa.
Sua avó trabalhava ali,
Sua mãe morreu esfaqueada pelo pai,
Não sabia ler e escrever
Sua avó trabalhava ali,
Sua mãe morreu esfaqueada pelo pai,
Não sabia ler e escrever
E todo dia as cincos
horas da manhã,
O relógio tocava, ela
saia do inferno e
Voltava mecanicamente
para o céu,
Com direito a reclamação dos santos.
De servi aquela pseudo - família tradicional
Arrumar a cama: desfeita do casal
Arrumar a mesa: Café da manhã, desfazer.
Lavar a louça
Secar a louça
Guarda a louça
Arrumar a mesa: lanche,
desfazer.
Lavar a louça
Secar a louça
Guarda a louça
Arrumar a mesa: almoço, desfazer.
Lavar a louça
Secar a louça
Guarda a louça
Arrumar a casa,
Limpar o chão,
Limpar banheiro,
Lavar a janela com sabão,
Secar a janela,
Secar chão,
Limpar o chão,
Limpar banheiro,
Lavar a janela com sabão,
Secar a janela,
Secar chão,
Arrumar a mesa: lanche da tarde, desfazer.
Lavar a roupa,
Arrumar a mesa: jantar, desfazer.
Lavar a louça
Secar a louça
Guardar a louça
Passar a roupa
Guarda a roupa
Arrumar a mesa: lanche da noite, desfazer.
Lavar a louça
Secar a louça
Guarda a louça
Lavar o corpo
Secar o corpo
Guarda o corpo
No quarto pequeno de novo.
Lavar o corpo
Enxugar o corpo
Sujar o corpo de novo
Lavar o corpo
Enxugar o corpo
Sujar o corpo de novo
Madrugada chegando...
O patrão vem entrando
Cantando a música
Que se repete de novo.
Violentando sucessivamente.
Eu não aguento mais,
Não consigo pedir
socorro.
Mas se me silenciar eu não luto,
E não fujo eu morro.
Mas para quem vou denunciar?
Pois nem sei a quem pedir o socorro.
Lilian Luiz Barbosa
Coisas desconexas
Dura.
Duro.
Pensamento impuro,
Dissolvo puro,
Meus pensamentos.
Descem quentes,
Para lente,
Mas as esquinas da rua que me esperam.
Deito na pedra dura.
Dura é meu pensamento.
Que voa pelos labirintos dessa rua.
Ligo meus sensores,
Eles
caminham e
Corro para sentar
Deito na pedra dura,
E meu pensamento vai se calar.
Lavo com sabão meu pensamento.
Duro, mole, puro, dura até o meu pensamento caí.
Ele vai viajando pelos córregos
do esgoto
Seguindo ao mar
afora...
Noite de Insonia: Tentativa frustada de uma poesia
Duas e dois
da manhã eu não consigo dormir,
Li umas
coisas de minha autoria para uma amiga,
Eu comentei
que tenho dificuldade de escreve, e mostrar minhas crias;
Mas isso não
é novidade para ninguém.
Mas o que
deixou pensativa, foi a nossa conversa.
Ela disse
que o serviço social faz a gente ficar tão critico
Que não
conseguimos mais olhar as coisas que não seja pelo lado cientifico.
Ou seja, eu
escrevo reproduzindo a visão crítica.
E usamos
chavões que só na nossa profissão utiliza.
Eu discordo
no sentido, pois, qualquer um das ciências humanas notaria,
Não somente
o Serviço Social como ele descrevera.
Essa
conversa iniciou-se após que ler uma poesia da uma também amiga poetisa Lilian
Eu revelei
que tenho dificuldade de expor, porque, fico intimidada com tanta gente boa.
Tudo bem há
insegurança, e medo das criticas talvez,
De alguém
dizer você não nasceu para escrever, cai fora.
Eu teimosa que
sou estou aqui expondo isso para vocês.
Em suma
estou aqui escrevendo isso e matutando
mentalmente que isso não rimou.
Mas poesia
não necessariamente tem que rimar.
Mas o que
fiz não é poesia.
Assinar:
Postagens (Atom)